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sábado, 2 de abril de 2011

Desencontro 2011 - parte III

Continuação...painéis

O painel 02 rendeu uma básica conversa no twitter com o mediador Gabriel Ramalho. Eu na minha experiência com eventos vejo o mediador como um motivador de debate, indagador quando necessário e principalmente atentar para a atuação equitativa de todos os palestrantes. O painel foi sobre uma temática bem interessante, que eu não tinha muito domínio “Mídias sociais: uma perspectiva regional” então ouvidos e olhos atentos. Diante destas observações fiquei um pouco perdida quando o debate estava rolando de forma fluente, num ritmo agradável e de repente havia um corte do mediador...como havia falado no twitter...todas as questões e colocações por ele postas foram válidas, mas sabe aquela coisa “palavra certa, momento errado”...foi mais ou menos assim... não deixo de reconhecer a capacidade de oratória dele, pois ele soube bem como se portar enquanto clareza, objetividade só faltou o momento certo...rsrsrs. Outro aspecto que observei foi o Lenine do @leisecafortal, meio que sobrando, mas o mediador também se preocupou com isso e tentou contornar. Como o Emerson Damasceno falou, um painel cearense e muito bem representado... o regional atingiu o nacional sem maiores dificuldades. A temática permitiu a ampliação que o debate ficou pequeno, girando por vários temas ao mesmo tempo, sendo as diferenças regionais discutidas com mais atenção só no início. Neste painel também pude obter várias dicas, o ler tutorias estava entre elas (notou a importância), a importância de se ter um posicionamento, de pesquisar (ponte destacado em especial pelo W. Gabriel). Para encerrar uma adaptação das palavras da Ívila ao ser questionada sobre a possível desvalorização e fim do jornal impresso, que seria “Todas as mídias tem sua importância e suas características.”

O primeiro painel foi um show em inteligência e personalidade. Como já havia mencionado marcado pela diferença o painel reuniu mulheres incríveis, cada qual do seu modo. Conduzida pela Maísa Vasconcelos, tudo transcorreu de forma bem organizada. Notei que algumas vezes a mediadora não foi tão sútil quanto limitação de tempo, mas isso em alguns momentos puderam ser relevados após uma “piada”. Um momento cômico e que não deveria ter acontecido foi a esposa do Israel Nobre, Rebeca, meio perdida devido ausência de cadeira para ela. Adorei a introdução da Maísa com uma breve introdução histórica sobre blogs, contextualizando melhor e jogando para as presentes três questões chaves (não me recordo com exatidão), sendo uma delas “Existe uma internet cor-de-rosa?” Foi um painel polêmico a começar por elas questionarem “Por que um painel só para mulheres? Por que essa estratificação?” detalhe interessante que a princípio não havia notado. A Luciana Andrade levantou uma questão “Existe uma escrita feminina?” e também trouxe a Revista Claúdia da déc. de 70 que ensinava como “segurar’ o marido com uma toalha quente após o banho. Conversa vai-e-vem e chega-se a conclusão que alguns sites continuam fazendo isso, só que de um novo jeito, atualizou o conteúdo, mas a intenção permanece a mesma. Era um dos painéis que daria pano para muita manga, como o de humor, mas o tempo não permitiu. O que ficou deste painel é que ainda há estratificação na rede em especial nos negócios, mas isso é cada vez menos, as mulheres não arrumam assuntos, elas possuem assuntos e dos mais variados. Não há isso: é para mulher escrever ou homem escrever, você gosta então escreva e ponto final. Você é o que você gosta!


O último e não mesmo importante o painel sobre “Internet Serious Business”, o nome diz sério, mas foi o painel mais bagunçado de todos (no bom sentido), graças ao aniversário do Maurício Cid autor do Não Salvo. Revivendo os tempos do Celso Portiolli no Passa-o-Repassa, com o torta na cara... Cid se trollou e tacou o bolo em si, antes que os outros o fizessem...isso com além da presença ilustre do Falcão, que cantou os “Parabéns” que nem Marlyn Monroe colocaria defeito...kkkk... um espetáculo a parte. Fugindo um pouco do assunto, tenho que admitir que o Cid é bonito e tem um estilo interessante...rsrsrs. Voltando ao painel... conduzindo pelo famoso Edney Souza, pudemos ouvir os relatos de Gilberto Soares, Israel Nobre, Ricardo Freire, Marcel Dias e o próprio Maurício, sobre suas histórias para chegar aonde estão. Cada qual atua no campo de modo diferente, com seus lucros e demais vantagens. Destaco aqui o Edney que conhecia os pormenores das histórias mostrando assim sua afinidade com o grupo, não perdendo o foco do debate e a objetividade dos palestrantes, sem a pretensão de fazerem autobiografias. Relatos francos, cheios de muita experiência. O Ricardo Freire foi narrando seus altos e baixos até chegar ao Viaje na viagem e pude notar que certas coisas acontecem por que você quer muito outras acontecem ao acaso, por simples insigths. Agora o melhor foi que eles reconheceram que podem até trabalhar mais do que antigamente quando não viviam da internet, mas hoje mesmo rolando um estresse aqui e “acolá” eles gostam do que fazem e querem continuar assim.

UFA...
Sim...fantástico os debates rolando e as questões chegando por twitter, pessoas pedindo cerveja por twitter (Eduardo - @EduTestoterona)... no desencontro não só foi discutido mídias sociais, foi vivenciado mídias sociais.

Imagina se eu fosse ser mais detalhista. 

E aqui finalmente encerro a narração sobre o primeiro dia do Desencontro 2011.
Leia também:
Desencontro - parte II
Desencontro - parte I

Logo haverá sobre o segundo dia.
Besos

Desencontro 2011 - parte II

Continuação...

            Pessoas de todos os estilos, lugares e pensamentos... uma diversidade “bonita de se ver”, com os mais diversos aparelhos tecnológicos, smartphone, notebook, netbook, ipad... eu fiquei perdida, pois por mais que me interessasse pelo assunto, não tinha tanta propriedade assim...houveram painéis com pessoas que nunca havia ouvido falar, ou visto um retweet, mas naquele meio era o melhor e pude conhecer, ficar curiosa por mais...aprendendo e aprendendo.
            Um aspecto chato, mas que infelizmente faz parte da grande maioria dos eventos, seja ele de qual linha for... os atrasos... o primeiro painel da manhã atrasou uns 20 min, o primeiro da tarde foram uns 30 min... e ficamos lá, no “cri”...sem saber o por quê do atraso. Outro detalhe era a “muvuca” que ficava atrás quando chegava uma “webcelebridade” enquanto o painel estava rolando, dificultando assim ouvir em alguns momentos.

            Vou tentar fazer um mix dos painéis... o primeiro comentário é sobre os mediadores... todos se saíram muito bem, cada qual com seu jeito, sua estratégia de conduzir o debate, contribuiu para que a temática desenrolasse de forma dinâmica todo o tempo. Para mim a Bia Granja foi a melhor, pois o painel com a temática de humor tenderia ou para uma comédia sem fim e vazia ou maçante sem comédia alguma. A moça conseguiu tanto torna cômico como inteligente e polêmico (não falo de mamilos), para ver como sou leiga, foi a primeira vez que ouvi o termo “Troll” no contexto que ali foi colocado.

Foi o painel que eu menos conhecia os participantes... foi uma descoberta a cada momento...rsrsrs. Algo que concordo e que foi uma das primeiras coisas colocadas no debate é que o humor é subjetivo, cada qual possui seu humor, aquilo que lhe faz rir e aquilo que não faz. Foi com isso que levei todo o debate, por que houveram coisas que me fizeram rir, outras não, por exemplo, o Leandro Santos (@MussumAlive) adora gatos e falou que vídeos de gatos na internet são engraçados...eu detesto gatos e discordo disso. Outro tema que surgiu foi o bullying, bastante discutido no campo educacional. Eles em geral apresentaram uma visão que é discutida... “o bullying quando superado torna a pessoa melhor, e se não há bullying, há um certo roubo da infância (quem não foi apelidado na infância?)”, mas eu acredito que há uma má compreensão do termo bullying, discussões teóricas são feitas em torno disso e as suas relações com a internet e o humor renderiam um único painel, com maior aprofundamento. Todos os painéis foram marcados pela variação do estilo, da linha de trabalho dos palestrantes, mas esse sobre humor foi o mais nítido enquanto gosto... dois gostam de CQC e Pânico...outro só de Pânico e isso foi só um exemplo, proporcionando assim conhecer vários pontos de vista. Não posso esquecer do @caodadepressao ou Luide que fez uma participação irreverente tanto pelo twitter, como no palco por alguns segundos. Concluo sobre esse painel a importância de não nos levarmos tão a sério, e a aceitar a subjetividade do humor, com respeito.

O painel que ganhou em nível de orientação e aprendizado nítido e direcionado foi o de “Criatividade e mídias sociais”, um grupo de respeito foi colocado a frente onde pude ver a fofa da Lia do Justlia que eu tanto gosto. Web designer, ilustradores e afins...deveriam estar lá, cada dica, cada história...uma atenção com o público fora do comum... uma orientação profissional. Eles foram sinceros e se preocuparam em passar as informações com clareza além de se mostrarem dispostos a conversar com quem estivesse interessado. Eu não almejo ser web designer, mas com as dicas dadas vou me aventurar pelo menos pelo meu blog. O mediador, Joares, como webdesigner também atuou como palestrante, pois deu dicas, respondeu o pessoal... o debate correu como uma conversa... inicialmente tímida, mas como toda conversa foi fluindo e ficando mais ágil. O “perfil de fuçador” foi algo que me chamou atenção nesse painel...um dos segredos do sucesso, é esse perfil...é o não esperar...é o ir atrás, fuçar. Além disso, ler tutoriais, dominar o inglês e se valorizar sem tirar os pés do chão.
Antes de ir aos outros painéis, um problema foram os microfones, que durante a tarde “pifava” mais que funcionava, o pessoal ficava meio perdido.

Leia também:
Desencontro parte I


Os próximos painéis somente no próximo post.

Besos

Desencontro 2011 - parte I

Bom dia! Depois de um longo tempo sem postar venho hoje falar sobre o primeiro dia do Desencontro 2011.

O que é o Desencontro 2011? Conforme está no site do evento “Um evento diferente sobre mídias sociais” a começar pela localização... nossa terrinha Fortaleza, meio esquecida diante das grandes metrópoles da região sudeste do país. Além da diversidade de debates que o evento promove, com os mais diversos palestrantes intimamente envolvidos com mídias sociais... blogueiros, twitteiros, vlogueiros... profissionais do marketing, jornalismo, web design, publicidade e euzinha estudante de pedagogia caindo de paraquedas neste mundo. 

Primeiro destaque (são tantas coisas para destacar que vou me enrolar toda, mas tudo bem) eu não era a única “estranha”, próximo a mim haviam pessoas que faziam Direito e tinham afinidade com a temática.
Segundo... como fui me meter nisso...nem posto com frequência no blog e vou parar em um evento de mídias sociais... não faz sentido...rsrsrs

Soube do evento no domingo à noite pelo twitter e fui atrás de saber o que era... li a programação, a proposta do evento e fiquei muito empolgada... vi o preço 120,00 reais, fiquei desanimada...mas a vontade era maior e “meti as caras” e o meu cartão de crédito para o maior evento de mídias sociais do nordeste. Quando fui contar para os meus amigos que ia participar a reação foi “E tu gosta disso?”, “O que vai ter lá? Vão ensinar a twittar?” alguns entenderam, outros não.

Eu sou uma curiosa pelo assunto e uma estudante de pedagogia com interesse em juventude, nada mais oportuno aliar um interesse pessoal ao acadêmico. Sabemos das influências das redes sociais na formação do jovem, seja ela direta ou não. Então vamos lá...

O evento
A princípio um aspecto me desagrada, o local onde será realizado o evento. Reconheço a grandiosidade do Marina Park, sua qualidade enquanto hotel e espaço para realização de conferências, encontros, “desencontros”, mas sua localização nos deixa limitados. Falo na postura de estudante que não tem carro para ir de um lado a outro de Fortaleza e nem grana para desfrutar das iguarias do hotel, que devem ser maravilhosas, mas doem no meu bolso. Lá também não há outras opções de restaurante próximas, a não ser que você se aventure a andar pela avenida, o que não é muito seguro, mesmo que seja em “bando”. Enfim...patrocínio é patrocínio e foi ótimo para os palestrantes desfrutar do local.
Chegando lá, ainda haviam ingressos sendo vendidos na hora, mas isso não atrapalhou (até o momento que pude ver) o credenciamento dos demais participantes, o crachá estava pré-pronto e após a confirmação do seu nome, você recebia com seu nome e e-mail. O @nerdpai (não sei seu nome) estava de um lado ao outro prestando atenção à ordem do evento. A Verdes Mares também estava e continuará cobrindo o evento, apresentando uns aplicativos que não olhei (sabe lá qual o motivo). As cadeiras foi algo que me chocou, pois estavam “mega-próximas” se eu não conhecia ninguém poderia conhecer assim que ela se sentasse ao meu lado, pois seria quase no meu colo...rsrsrsrs, mas nos painéis que ocorreram a tarde isso foi corrigido. A internet, algumas pessoas reclamaram, mas eu tive a sorte de em todos os momentos que ia acessar tudo acontecia perfeitamente, então não posso reclamar.
            A proposta diferente do evento repercutiu na forma como foi disposto o espaço para debate, ao invés de uma mesa e cadeiras em volta... poltronas brancas e grandes estavam posicionadas no palco de forma que podíamos ver a todos os palestrantes e eles entre si também sem maiores dificuldades, uma exceção apenas para o suporte do microfone do mediador e mesa que prejudicou a visualização do palestrante que ficava atrás. Eu fiquei encantada com esta organização, pois vinda de um ambiente onde os eventos são baseados na mesa e em uma formalidade que surge mesmo sem querer, aquilo proporciona um debate mais natural, que sem dúvida pode ser incorporado em outros locais, pois o palestrante com certeza fica mais a vontade.

No próximo post, falarei sobre os painéis.

Besos